LAMENTO DOS VITRAIS
De minha rua empoeirada
luzes acionam o dia em telas de vidro,
os entes dormentes acordam e riem:
são musgos finos a falar...
Quem ama a tromba de ar
só poderá amar os sons das estrelas,
porque a felicidade é dada ao ente através
dos olhos, das mãos, dos dentes...
Deixem os dias entrarem e trazerem
o doce-azedo dos pomos deles:
é assim a semente dessa árvore que não morre
e está agora a fazer-te fruto dela mesma...
Quando cairás?