Escrever sem saber...Apenas tentar escrever...

Cessei minhas palavras

Hoje já não as sinto em mim

Perambulando pela consciência, perco ate os meus sonhos...

Não os deixei pra trás, apenas não tive vontade de sonha-los novamente...

Quero apenas que minha alma grite, num pedaço de papel...

Já não consigo encontrar a dor, a que me permitia escrever...

Ou ate encontrei, mas não tento admitir e finjo que não a conheço...

Apenas conversamos em silencio, com um grito bastante alto...

Existe alguém, alguém que gritava por minhas palavras, que me fazia ser o papel e a caneta, mas hoje tento e não consigo...

Talvez o tempo me fizesse parar, ou a rotina me convencer que minh ‘alma deviria ter adormecido, e eu não saberia quando voltaria acordar.

Então fechei os meus olhos e vi que a poesia que tanto quis escrever já estava escrita, não do jeito que pensava, mas de um jeito que pensei que não existia. Poesias não são aquelas palavras bonitas ordenadas em sentidos, frases, parágrafos, e talvez rimas, são apenas sentimentos esculpidos por palavras que não escolhemos, mas que chegam sem nenhuma permissão.

A poesia foi, e é a minha vida, os meus momentos, a historia de cada pessoa...

Então lembrei que:

“Quando ele me fazia rir eu abria lhe um sorriso no rosto

Seu sorriso era o meu, sua voz minhas palavras...

Seu amplexo o meu conforto.

Minhas lagrimas eram tão longas quanto o seu abraço apertado, eu sentia minhas lagrimas ruírem sobre o rosto sem saber por que estava chorando.

Eu poderia lhe olhar nos olhos... Mas nunca soube olha-los de verdade.

Eu poderia ter lhe dado um beijo, mas me perderia nas minhas palavras...

Sua respiração e a minha poderiam se tornarem uma só...

Mas brevemente lembrei-me... “não posso”...

Mas você prometeu, Me amar mesmo não sabendo do tempo...

ou quando ele iria acabar...

Era indeterminado que isso terminasse logo...”

Mas era tão certo que poderíamos chegar ao sempre... Isso era o que pensávamos, que o sempre continuaria ate não existir mais reticencias... esperamos por ele, e aos poucos ele parece não terminar, como imaginávamos...

Eu pude ver que tudo era tão bom , mesmo sendo tão ruim, que não precisava escrever tudo o que quizesse , apenas ressuscitar as palavras que estavam perdidas enquanto eu durmia...

A poesia do amor é senti-lo, e muitas vezes o sofrimento era o que ajudava, mesmo achando que ele era o vilão. Mas sem sofrimento ele não existe... E o final feliz de toda história não é quando termina com sorriso no rosto e com um suposto “para sempre”, mas é quando encontramos o amor... Mesmo sabendo que poderemos sofrer por ele pelo resto de nossas vidas. Não existe a frase” encontrei o amor verdadeiro”, por que se não, existiria “encontrei o amor falso”, e o falso é outra coisa menos amor, existe o AMOR sem adjetivos, para sempre, real, abstrato, forte ao mesmo frágil.. SUPORTA mesmo não tento mais forças. Podemos ate tentar, mas ninguém consegue descreve-lo e principalmente entende-lo, só sentido, e mesmo sentido as chances são mínimas.

E como se o tempo pudesse voltar finjo a noite pra encontrar a lua e a manha pra encontrar o sol.

E como se não bastasse começo a escrever sorrisos e desconstruir lagrimas...

Criando palavras que não tem sentido, mas que tem significados...

É ,eu não iria escrever, mas tudo isso já estava escrito “bagunçadamente” na minha cabeça... Agora o que tenho a dizer é que No começo, no meio e no meio fim sempre acreditarei no amor...o fim não vai existir...

Gabiih
Enviado por Gabiih em 25/02/2012
Código do texto: T3520138