Indo embora para o incerto

Estou deixando a casa que foi, sem dúvida alguma, o lugar que mais amei morar; apesar de todas as batalhas aqui travadas, apesar de todas as negatividades que deixei entranhadas nas paredes. Aqui também fui muito feliz, ou pelo menos até o máximo que sou capaz. Saio daqui como um moribundo que rasteja para fora sem nenhuma força ou vontade.

Escrever sobre isso me deixa tão doentiamente triste, que o melhor é deixar pra lá. Sou um desgraçado tão apegado às coisas, tão covarde em frente às possíveis mudanças. Preciso aprender a me adaptar com maior facilidade.

Eu teria muito mais a dizer sobre isso, mas os meus pensamentos derrotistas, abissais e medrosos já são suficientemente dolorosos para o meu tamanho.

23/01/2012

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 26/01/2012
Código do texto: T3462201