Ensaio sobre o rosto.
As pessoas refletem seus espelhos, hoje posso escrever o porque quando elas se apaixonam, apaixonam mais por rostos do que por corpos e formas. No rosto elas encontram a sua própria esfinge, que se esconde por de trás da alma.
A sua afeição leva-me para reinos dentro de meu ser, como um rosto misterioso e desconhecido, que na qual acredito já ter conhecido em outros mundos distantes. Talvez penso que ele provenha dos sonhos da minha infância, de uma época imemorial das lembranças e das imagens primeiras de amores eternizados pela casa da alma, amada nos quartos, que guardavam os retratos nas instantes sentidas.
O rosto da alma se oculta, na mascara que dissimula a imagem na ação, no qual se faz existente por de trás dos olhos profundos, onde o pensamento pode construir seus contornos.
O ser começa a se conhecer quando começa a entender seu próprio rosto. O rosto revela a alma. O que vê em seus sonhos é a face de sua alma?
A sua alma procura o que não tem, quando se relaciona pela falta. O amor ainda fala suas metáforas primeiras. Como objetos que se revelam no pulsar do coração. Quando o ser pensar já conhecê-lo descobre o inaudito na aquilo que não havia ainda visto.
( O Poeta das Almas ).