AMOR E PAIXÃO (semlhanças)
 
A rigor quando começamos um romance ou uma união conjugal movidos pelos impulsos da paixão nos tornamos frágeis, exigentes, inconsequentes. O ciume nos assola e toma conta da gente. Passamos a cobrar do parceiro cada vez mais. A fleuma da paixão nos torna cegos e surdos, muito embora essa paixão cresça muito dentro de nós como uma enorme fogueira.
A PAIXÃO, entendo assim, e posso até estar enganado, se assemelha a uma gigante fogueira. Destas feitas em dias de festas juninas. Nela colocamos o pavio e produtos inflamaveis, as acendemos e o fogo começa a se espalhar e subir, indo a alturas incomensuráveis. Quando atinge o pico começam cair os tições, os carvões, as labaredas vão se esvaindo e assim vai lentamente se acabando até que num dado momento só restam as cinzas no chão.
O AMOR é bem diferente. Primeiro porque não começa. O amor  existe e é inerente a nós seres humanos e mortais. Nasce, cresce e permanece conosco, bem dentro da gente, mesmo que  em estado latente e não palpavel ou perceptivel.
Quando iniciamos um relacionamento amoroso com alguem e percebemos que entre a gente existe o amor é porque ele ja estava em nós mesmo antes desse relacionamento. Poderíamos estar distante um do outro a centenas de quilômetros, mas num dado momento o encontro aconteceria. Deus na Sua Infinita Sabedoria préviamente ja havia nos preparados para tal. Apenas nós não percebemos.
Assim, entendo que o AMOR se assemelha a uma vela, dessas que a gente coloca ao pé da nossa santa preferida, ao pé daquele que entendemos ser nosso anjo guardião, ou até daquela que colocamos para clarear o túmulo de um ente querido. Normalmente nos a acendemos ou a renovamos todos os dias para manter as chamas acesas e as lembranças agradáveis eternamente. Se o vento ou a chuva as apagam, nos acendemos novamente.
SIM, QUEM AMA jamais deixa que a
chama desse amor possa se apagar.