Aos meus filhos
Vou contar que o mundo de agora,
Não está melhor que o de outrora.
Tantas revoluções,
E ainda buscamos soluções.
Pra muitos o auge é a juventude.
Mas digo a vocês: - não esperem pra ver!
O auge pode ser alcançado todo dia.
O clímax máximo da vida:
abrir ou fechar os olhos
vibrar ou chorar...
Não busquem no mundo saída,
Nem na dor companhia.
Essa é uma estrada quase sempre falida
E não procurem o amor!
Ele não está perdido.
Só um tanto quanto vadio...
Alimentem bem seus sonhos.
Como alimento a certeza de que bem possivelmente
não tenham sentido estes escritos.
Perdoem-me,
Mas não penso em trazê-los
[carne de minha carne]
a existência real
[oh, filhos queridos!]
Pois já os amo tanto,
que nego o desprazer desse mundo virem a pertencer
e no dia-a-dia perecer...
Pra mim os filhos mais naturais,
Mais banais
e por isso expostos a esse mundo doente
de forma tão inconsequente!
São esses versos racionalmente sentimentais.