ANTAGONISMO



Alma e corpo sou eu,
Que mais poderia ser?

Sou insondável mistério
Que erra que acerta
Sou um pássaro livre
Mas “preso” às convenções

Sensibilizada, eu voo
Amordaçada, eu morro

As mil faces que eu
Desenho em mim
Retratam as cores
Que os demais, não querem ver...

Não deixo que vejam meu imo
Só mostro a natureza do verso
Onde rimo ou redimo
Aquilo que não consigo dizer
Uma fala truncada, desconexa
Impressa nas falsidades que vejo
Mil faces, mil vidas... Outras saídas?
Labirintos fechados de antagônica vida

Sou alma e corpo... Prosa e poesia
Dia e noite... Chuva e sol
Direito e avesso... Razão e emoção
Depressão e euforia... Tristeza e alegria

...Uma poetisa de letras soltas, porém fixas na realidade