sementes.
sabemos que tudo é transitório.
sabemos que as circunstâncias, as pessoas, nossas vidas, tudo o que há de fato nesse plano passa por constantes transformações, assim como o próprio tempo das coisas.
mas também observamos que há de nossa parte, insistência em tantas coisas, como se pudéssemos superar esta condição da existência material (acreditamos transpor tudo com nossos "ismos"). como se fossêmos capazes de perpetuar tudo. uma mera ilusão de acharmos que simplesmente nossas atitudes superam todo o mecanismo.
somos parte da engrenagem e não sua força motriz.
e o principal não fazemos. o que realmente cabe fazermos nessa realidade em que vivemos.
e o que devemos fazer de fato?
fácil a resposta. devemos jogar sementes.
esta é a nossa principal missão neste planeta. nesta nave mãe que nos abriga.
aliás, mesmo que não tenhamos consciência disto, ao existirmos estamos durante todo o transcorrer de nossas vidas jogando sementes
ao interagirmos neste plano.
cada ação, cada pensamento, cada emoção, cada sentimento, são sementes lançadas em diversos solos por onde passamos.
e assim vamos registrando nossa estada nessa vida. e mais ainda, as sementes que jogamos não ficam ao léu.
nos diversos terrenos em que nossas sementes são lançadas, criam raízes e deixam um caminho herbáceo, floral ou daninho. o que irá determinar a flora que deixaremos para trás é a espécie da semente que jogamos em cada momento, nesse jardim fértil que é a vida terrena.
que tipo de semente estaremos a lançar? florais? plantas venenosas? flores ornamentais? juncos? plantas com muitos espinhos?
faz-se mister dar-nos conta que as sementes que lançamos está diretamente ligada com o que temos em nosso íntimo, em nossas emoções, sentimentos e pensamentos. estamos lançando o que de fato temos em nós e em nossos espíritos.
como nossas digitais, são as sementes que produzimos a cada dia de nossas vidas. estas refletem com exatidão a nossa síntese diária, que acumulará no transcorrer da vida. e dirá nosso histórico nesse bosque.
e mais importante do que isso, é reconhecermos que na vida, nenhuma semente lançada cai em vão. que todas as nossas ações florescerão e aferirão a botância já existente nesse plano e a alterará. e com isto modificará diversos cenários, trará novos elementos, novos ares, novas fragâncias, novos cuidados e medidas a serem tomadas, conforme as plantas astrais que estamos lançado a cada um e em cada ambiente por onde passarmos.
cabe somente a cada indivíduo escolher que tipo de semente pretende lançar em seu caminhar. mas em contrapartida, todas as sensações oriundas desta semeadura, se farão valer no seu futuro.
o que deixarmos plantado nessa vida, o que fora lançado como nossa contribuição no transcorrer dessa vida, servirá de legado astral futuramente ao nos apresentarmos ao GRANDE BOTÂNICO, em outro momento, em pairagens mais sublimadas.
paulo jo santo
07/04/2011 - 05h37