Questões e civilizações...

Melhor ou pior? Nenhum dos dois, mas modernamente diferente. A diferença entre ambos é que não existem questões, mas processos de transição, algo que está em perpetua mudança.

Passado ou presente? Difícil decisão! Como separar aquilo que está unido por uma “Invenção” chamada trajetória cultural humana?

Elogios ou criticas? Como escapar daquilo que nos persegue? Como evitar perseguir os demais? Como esquecer os ares “modernos”, se estes estão intrinsecamente ligados ao “devir” humano de observar o velho e, a partir deste, planejar e realizar o novo.

Novo ou velho? O “velho” é um “costume” que costuma ser “ultrapassado” pelo novo e, o novo se moderniza e torna-se uma “nova” novidade, que na verdade não é original, porque faz parte de um processo de hábitos, costumes, emoções, anseios e expectativas que nunca findará, pois será um “eterno retorno grego”, mas, diferente deste nunca recomeçará do zero.

Moderno ou tradicional? O brilho do moderno, que “nasceu” do tradicional, está sempre sujeito a tornar-se clássico, virar uma tradição, ou pode se perder nas avenidas congestionadas da vida, que apresentam vários desvios de caminho, mas poucos retornos.

Devo seguir esse caminho? Não sei devo segui-lo, entretanto “devo” a este tudo aquilo que sou! “Devo” meu patrimônio, meu legado. Posso até me rebelar e iludir-me em pensar que posso escolher não me apropriar dessa “imperativa” trajetória humana, não obstante, devo lembrar que mesmo os numerais do imenso império romano não começavam do zero. Pelo menos não até se apropriarem de uma parte de trajetória humana conhecida como “árabe”.

Hábitos bárbaros? A sociedade tem o privilégio de definir-se a si própria e, por isso, tende a definir o “si próprio” de seus membros. Não a culpo! Aquilo que é humano anseia por uma definição, pois a curiosidade extravasa em mentes que se não forem saciadas podem “mentir” e “inventar” vários conceitos. Isso parece tanto inevitável quanto o fato de nos griparmos um dia, mas não pasmem se a meleca no nariz, que já não representa o moderno, revelar aquilo que a sociedade mais odeia: a “nojeira” dos seus costumes antigos, seu passado bárbaro!

Modelar a massa? A “pressão social” tende a modelar o humano para que este não se dê conta que é moldado pela chamada modernidade dos costumes. Essa “pressão social” nos vigia como uma câmera, mas isso não nos permite viver num “reality show” por que para isso deveríamos viver sem nos incomodar com a opinião dos “risos” alheios, que geralmente não param de rir para pensar, mas apenas “pensam” quando seu sorriso já não tem mais brilho, devido ao tempo que desperdiçaram a rir ao invés de tratar seu sorriso das cáries da vida.

O que fazer com a nossa civilização? Prefiro não falar de “questões” traumáticas, se isso realmente for uma “questão”! Mas com questão, ou sem questão, devemos nos questionar sobre a relevância que damos à vida, principalmente, a vida alheia. Ser moderno é ser atual, mas fofocas são classicamente tradicionais! Enquanto “transformamos” os outros em caça, ao agir como caçadores de defeitos alheios nos acomodamos, esquecemos dos perigos da vida e nos tornamos “presas” fáceis de outros caçadores mais espertos, que sabem atacar e destruir em grande quantidade, mas nem por isso deixam de carregar um espelho para poderem observar a vida de outros ângulos, analisarem outros “caçadores” e, principalmente, olharem o próprio o olho e limparem o próprio nariz antes de rir da melecas do nariz alheio.

Du amor
Enviado por Du amor em 01/04/2011
Código do texto: T2884311
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