Decadência, sim [!]
E tenho sempre esse estranho costume de ler o que escrevo [porque há quem não o faça, acredite! como quem defeca e não assume a responsabilidade por deixar o ambiente limpo...] Se não há possibilidade de não sentir? É claro que há tal possibilidade! Tudo é possível nesse mundo de meus deus... (ahuahuahuahua) e como disse Pessoa "sentir é estar distraído". Fiquer sempre alerta!
Sobre escravos do discurso, não sei bem... lembrei essa frase de Pessoa "Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito". Não sei se o problema da arte é tanto a busca por perfeição, acho que (não muito felizmente tenho que me incluir...) temos uma tara por regras [e aqui lembro até o feitiche estranho por algemas, de alguns... vai entender...]. Ficar limitado (e aí, pode ser a forma, conteúdo, liberdade, enfim), nos faz sentir mais estáveis: tipo, você sempre pode contar com as paredes da prisão... note só, se ficamos em campo aberto, a claustrosfobia é inevitável! A criatividade sem freios (ou regras) é assustadora... e pensar que dá pra existir sem sentir é uma afronta a todo o fazer/ser dos poetas [e afins...]
Ser escravo do discurso tem seu benefícios, você manda! [mesmo que mutilando os sentidos...]
p.s.: talvez tire isso depois, estou insônia e insossa...
p.s.2: tb resposta a alguns comentários recebidos pelo texto Decadência.