Opção consciente.
Já ouvi dizer que é uma cidade pequenina,
uma casinha na colina.
Já ouvi falar que é passageira,
eterna não existe.
Já vi procurarem no outro,
na outra metade, como se inteiros não fôssemos.
Há quem a busque em cifrões
carrões, mansões.
(nesses casos, por lá estão os corações?)
Faz anos, senti sua presença
nem sei se ela pediu licença,
sei que era a minha,
e com ela eu já convivia.
Não me lembro
se recorri a auto-ajudas,
se a aspirei em meditações.
Recordo-me, sim,
que a percebi,
Revendo minhas opções.
Eu a quis.
(ou a aceitei?)
Ela ali, esbanjando mansidão.
Em espera serena,
afagando meus cabelos,
obsevando minha leitura pequena,
querendo por tudo me ver bem.
Ela ali, de prontidão.
Ouvindo meus apelos,
rindo dos meus desesperos,
refrescando meu coração.
Hoje já não me larga,
Independente dos meus atos.
Ronda e se faz notada
em tudo,
pequenos e grandes fatos.
De mim não se afasta.
Assim, é como a ela basta.
Por vezes, choro
Sinto raivas, frustrações,
Pauso, me controlo,
à minha sanidade ordeno
se precisar imploro:
longe de mim confusões,
se afastem deturpações.
Tristeza, da vida faz parte
Viver, sempre uma arte
talvez a mais bela.
(e por que não: complexa?)
Leveza tomar consciência
que percalços vividos
não distorcem nem contorcem,
não corrompem meus sentidos.
Sofrimento vez em quando,
Turbulências quando em vez,
Hora ou outra rola um pranto
Não me falte sensatez.
Na condição de eterna aprendiz
Fica mantido o que sinto,
um erro me dizer infeliz.
Eu, já com certa idade,
sem falsas ilusões,
ciente das catástrofes por todo lado,
vítima de algumas delas,
vejo horrores mundo afora,
alguns tão perto de nós.
Afirmo que sinto na pele a verdade:
É escolha...
É escolha, essa tal felicidade!