Rascunho
Fiquei, com uma angústia no peito, perturbadora e extremamente excitante, confundia os meus pensamentos e como ser humano e muito pragmático, desnorteava o meu racionalismo. Confesso a dificuldade que tenho em descrever o que há dentro do meu peito, sentindo a incessante necessidade de partilhar contigo os acontecimentos empíricos, que decorreram ao longo da tua ausência. Agora que há a compreensão entre este o vazio, que aflora a minha alma, num belo silencio de um mundo barulhento, conquisto uma forma, pouco senatorial para decifrar algumas incógnitas que há dentro de mim, permanecem inalteradas no passado e rasgam-me o presente, como pequeníssimos pontos brancos num sonho negro de uma ilusão platónica. Ainda não sei de cor, as palavras que deveram de ser utilizadas, talvez apenas o nada será transmito, mas porquê deixar, desvanecer este sentimento, criado mutuamente por nós? Se posso dar um passo, num pequeno rascunho, e com ele mostrar ao meu mundo, que descobrir a beleza do amor, numa insignificante viagem ao mundo dos pensamentos e exaltações formuladas do meu corpo, como símbolos incandescentes de um futuro extremamente desmoronado por um Amor inconveniente.
Sinto a exaltação das palavras, estão envergonhadas com os meus pensamentos, e alteram tudo o que há para descrever sobre nós, sinto que poderia ser fácil, agarrar em todos os pensamentos e descreve-los levemente numa folha branca, preenche-la de sentimentos e recordações que a minha alma esta preenchida. Com a reflexão e leitura do meu texto, tudo se torna, demasiado pequeno, falta sempre aquele sabor da realidade que preencheu a minha alma vazia, que mudou as minhas ideias sobre o amor, que me fez olhar para chuva de uma forma calma e plena, que me fez pensar em ti, enquanto mergulhava na plena iluminação da lua em relação a noite negra, e que me transmitia um néctar diferente quando era consumida pela bela brisa do vento, enquanto no mar estava, brilhando a minha boa sensação de mulher e de permanecer neste mundo, a desfrutar as coisas mais belas que a vida me quis transmitir.
Com esta folha quase preenchida, deparo-me com a sensação de ainda não ter dito nada, que ainda não apoderei da liberdade de exibir o que por nós passou.
Para mim, como tu bem sabes, nunca foi difícil demonstrar argumentação para defender as minhas teorias e ideias, talvez foram feitas com alguma exaltação e pouca perspicácia, mas era sempre desse modo que, adorava transcrever o que dentro de mim existia, detestava a mentira entre nós, e sentia que as minhas analises, perante inúmeros assuntos, eram feitas pela plena sinceridade que, alguma vez tinha demonstrado ter.
Eu contigo, fui um ser unido pela ilusão da perfeição. Sentia-me realmente bem, ao repousar o meu cansaço naquelas palavras, sem sons, com a intensidade de um coração debruçado numa realidade inexistente. Ocupava todo o meu consciente, levando o que de mais sóbrio havia, neste corpo pouco vivido.
Nesta alma bipolar e com uma inconstância tremenda, somente a existência de uma incerteza realçava-se dentro de mim "Será que é o Amor a apoderar-se, lentamente, do que há de mais profundo do meu ser?
Como será, então desfazer deste passado, que seduz o meu presente, com pequenos lapsos de recordações. Estas penetram na minha mente, sem licença, lançam minúsculas lágrimas internas. Invadindo, aquele pequeníssimo ser, que habita dentro de mim, agora sem um sorriso para apresentar, sem uma palavra para desenvolver.
Que farei com está enorme discussão de palavras, envergonhadas pela sua insignificante utilização, que demonstrei ter, ao longo deste percurso incessante?
Como irei demonstrar o afecto de as ter preenchido, com os sentimento que só a mim pertenciam?
Envolvi-me em demasiadas incógnitas, mostrando a minha ignorância perante as mesma, resolvo, deixar por decifrar o que de mais doloroso viveu dentro desta semente de mostarda, à procura de matar, deliberadamente, a sua sede.