Pseudo Psicografia - II
No reflexo do espelho do armário, desmonto historias minhas.
Giro em torno de mim mesmo atrás de um início e um fim.
Mas nada encontro, então me frustro e fico assim murcho, triste, precisando de apoio moral.
Me sinto um ser sem forma, sem nexo nem anexo, só, tolo.
Sou o menino triste que se veste de espantalho para tentar ser um menino de verdade.
Porque...
Talvez assim eu consiga uma maior individualidade, maior independência desse maldito espelho.
Eu quero vida, quero amar, dançar, ser alguém.
Mas isso é pedir demais? Nunca!
Já chega! Quero ter tudo, quero ter alguém, quero mais uma vez ser alguém. Não agüento mais isso. Já é hora de dizer adeus a tudo, ao nada que eu sou, chega de sonhos, chega de ilusões.
Basta!