Pausa

Me colocaram em cama branca... senti que era frio não por falta de quem me cobrisse... tinha cobertores vivos... senti que nada esqunetava,.. eu olhava o orizonte era escuro e sem traduções... estava na hora de caminhar lado a lado, sendo arrastada por mãos de gentileza e dor... me levavam os homens de minha vida... me levavam... era certo que Deus pôs na vida da gente quatro mãos que se reversariam de forma a me encontrar consolada pela dor que alargava em minha tristeza... caminhei naquele terreno... e logo mais escuro ficava, mais sozinha a vida me deixava... estava só numa exaustão de sentimentos... se não queria por que deixei que possessem ali... me consolava nas lembranças que deixei... nas palavras que escutei e nos olhos de quem olhei bem fundo... amei pouco e isólida... amei muito pouco, por isso não resistir viver... não queria estar ali... mais estava... escutei as palpitações de quem não me queria vê ir embora, foi triste a minha partida... me apegava nos únicos fios de luz que saiam das frestas dos parafusos... fui levando pra mim apenas as lembranças de quem me perfurou os olhos, o coração e a cabeça... amei muito pouco...

São Paulo, 27 de agosto de 2010

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Nana Marx
Enviado por Nana Marx em 27/08/2010
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