LIÇÕES DE VIDA
José Ribeiro de Oliveira
Há certas coisas na vida que precisam ser aprendidas, se possível ainda cedo, para que se viva melhor.
1) Precisamos ter domínio das nossas palavras, elas podem ferir, e uma vez ditas, nem uma desculpa apagará seus efeitos;
2) Precisamos controlar os nossos gestos, eles podem ser traduzidos de forma equivocadas ou até mesmo não exprimirem o que queremos, e uma vez externados, podem causar mau impressão, ficando rejeições difíceis de consertar;
3) Precisamos antever os resultados das nossas ações, elas podem ter impulsos nas emoções, e mesmo involuntários, podem demonstrar aptidões e revelar inseguranças, fraquezas e instabilidades, geralmente não se apagando com o tempo.
4) Precisamos ter noção precisa da força da expressão: “EU TE AMO", ela pode gerar uma expectativa imprevisível, na sua vida e na vida de quem ouve, e estes efeitos podem trazer conseqüências das mais diversas na vida de ambos, ora gerando felicidade ora ocasionando o oposto, a ilusão etc;
5) Precisamos compreender, na nossa sinceridade, as nossas fraquezas e as fraquezas dos outros, para aceitá-las ou não, pois uma vez aceitando, não podemos considerá-las fardo;
6) Precisamos aprender, em cada dia da nossa vida, que caminhamos para o fim e não para o começo, ainda que estejamos começando, e que nesse caminho, se aprende com os outros ou por experiência própria, mas não se deve perder de vista que é preciso aprender, com os mais simples acontecimentos, importantes lições;
7) Precisamos aprender a não magoar as pessoas, especialmente aquelas que possuem afeição por nós, pois a estas, devemos nos dedicar com o afeto que nos é dispensado;
8) Precisamos distinguir o que é gosto, prazer, sentimento e amor, para compreendermos a força que essas coisas geram em nós e naqueles com quem dispensamos esse tratamento, pois, nessa relação é exigível reciprocidade; e quando contrariados, seus efeitos promovem maior dano do que se fosse em outro qualquer, exatamente pelo convencionado critério de reciprocidade de sentimentos e tratamentos, fator preponderante nos enlaces de tal ordem;
9) Precisamos, ainda, avaliar nossas tolerâncias diante de todas essas realidades, para que todos esses fatores não venham representar para nós um esforço descompensador, ou seja, UM PORRE, nas nossas vidas.
10) Precisamos ter consciência de tudo isso, para aprendermos a viver, a conviver e gerar recíprocas satisfações;
11) Precisamos, sobretudo, aprender a aprender, para não nos enganarmos com a ilusão do saber, e ainda, e por ultimo, precisamos aprender que não damos gosto às coisas, mas nos adaptamos aos gostos que elas possuem, e então, passamos a gostar ou não gostar do seu gosto. E nesse processo, em nenhum momento, uma vez gostando, nos parecerá UM PORRE, justamente porque gostamos de tal gosto.