Analogia sobre meninas e aranhas.

Em mim, dentro de mim, trago uma lâmina que não me corta. Assim como a aranha que não fica presa na própria teia, minha lâmina só faz mal aos que convivem comigo. E as vezes eu esqueço dessa lâmina e me pego machucando pessoas de quem gosto.

Minha lâmina eu não sei onde fica, não sei sua expessura, não sei como essa lâmina é. Meu consolo é imaginar que talvez a aranha também não saiba, nem com a ajuda dos seus 8 olhos, determinadas coisas sobre sua teia.

(Garotas não deviam brincar com lâminas, nem aranhas com teias.)