Sou tolerante. Não acredito em defeitos. Gosto de agradar mais do que ser agradada. Escrevo com a mão esquerda. Prefiro as coisas calmas e intensas. Digo “é claro!” pra maioria dos pedidos que terminam com “agora”. Leio sempre dicionários, em espanhol e em inglês. Mordo quando estou com medo. Choro quando fico triste ou com raiva, ou até mesmo emocionada. Leio coisas que não devia e me sinto culpada. Prefiro Bettie Page á Marilyn Monroe. Costumo desenhar rostos de gente que nunca conheci e costas de quem quero conhecer. Tenho olheiras imaginárias que não desaparecem com duas horas a mais de sono. Invejo e assumo. As pessoas dizem que tenho Deus no coração “embora ainda não saiba e fale palavrão”. Musicalmente falando: eu gosto de cabelo. Sonho pouco, e se sonho muito não me lembro. Pra mim todos os amores impossíveis são nulos. Canto “Dream On” baixinho debaixo do chuveiro. Não gosto de números, mas gosto de gente que gosta, então matemática não deve ser tão ruim assim. Assisto curtas e entendo a maioria. Gosto de dar nome aos espelhos e aos bichinhos de pelúcia. Como carne. Não gosto de nada que me tire do juízo; nem álcool, nem drogas ilícitas e nem certas pessoas. Vivo mais pra dentro do que pra fora. Minhas palavras favoritas são: paraíso, ortopedia e sutileza. Gosto de afeto merecido e sincero. Me chamo Lilith mesmo, e gosto.