Pais e filhos
Difícil definir com clareza uma linha divisória saudável entre pais e filhos para evitar conflitos desnecessários.
Neste momento estou (pela enésima vez... rsrsrs... que exagero!) reformando minha casa e uma das coisas que terei que fazer é desfazer algo que foi feito anteriormente, simplesmente porque atendi - na época da construção de um quarto para meu filho - a intransigência dele próprio em relação a um item ao qual eu discordava, por ele argumentar que quem moraria ali seria ele e não eu.
Havia certo sentido e por isso não bati de frente com ele. Hoje, no entanto, o serviço terá que ser refeito e desta vez da maneira como idealizei antes - agora há consenso. Desperdício de material e mão de obra...
Outros palpites vieram em relação aos demais itens da reforma atual - tanto da parte dele como da irmã - e a mãe (como sempre) fica dividida entre fazer o que idealizou, sem ter que se preocupar com o que eles "acham". Eu disse a ela: “leve em consideração a opinião deles, mas a decisão é sua e deve prevalecer o bom-senso e mais a sua vontade, não necessariamente o que eles sugerem. Eles que façam isso na casa deles... Por enquanto essa casa ainda é nossa!”
E nesse conflito todo há também a minha opinião e participação, embora eu procure evitar discussões - até porque sou o que menos fica em casa. Mas eles têm, também, opiniões importantes e válidas e algumas delas nos ajudaram até a ver coisas que não percebíamos. Claro que estamos considerando e acatando – mas dentro da linha mestra por nós traçada.
Um filósofo dizia: “Os jovens pensam que os velhos são tolos; estes têm certeza de que aqueles são.” Claro que há um pouco de exagero nisso, mas como conciliar de forma saudável discussões desse tipo para construir em vez de destruir o tecido importante do relacionamento familiar?
Esse é, na verdade, o grande desafio! Afinal nós os trouxemos ao mundo justamente com a esperança de que eles possam mudá-lo para melhor...