ponte.
Uma ponte. A mercê do desastre do inexperiente, a mercê do desgaste de subitamente desejar ignorar a experiência e tomar como novas as situações e caminhos já marcados por meus pés. Revendo o meu pensamento de segundos atrás, tudo se torna novo, mesmo com a ideia do exato. Sei que o que sinto é amor, conheço esse tipo de olhar... Mas no ar, o efeito desse aroma é de nova essência. Lá vou eu de novo, de novo, de novo; o que dá entendimento de repetição é ignoravelmente novo, de novo... Uma ponte, imprevisível. Só o Deus sabe o que se flui por dentro. A ponte, previsível, sempre de mãos dadas com o contraditório. Só o Deus sabe o que se flui por dentro. São frações de pensamentos à jato, de sentimentos à estrela cadente, que se dão na telha, teimam em se amostrar. Bons em cálculos e metas, ruins em prosa e cultura. Quando não, nada se calcula, para como uma prévia, ter noção do efeito que se terá mediante ao que eu soltar de minha boca, do meu modo no instante, da atitude. Quando não, nada se idealiza só se ginga, estilo jogo dos 30 (segundos.) sem visar abraçado de chegada ou beijo de partida. É sim, às vezes eu procuro me decifrar, mar... Transparente e profundo, quando se pensa chegar ao fundo se sente à carência de um ar... Não é quantas vezes me olho no espelho pra me convencer da beleza que os outros me falam. Não são quantas vezes eu acredito e desacredito nisso e naquilo por dia. Mas é meu canto no mundo, já que nessa bola se mora e se gira, tirando do lugar o que eu julgo ser certo e colocando no lugar o que você julga ser errado. Sei que tem gente que se espelha, gente que quebra o vidro pra não confirmar o que se é evidente. Eu sei disso tudo e sei que você também. Uma ponte, a mercê de transmitir vida ao ser que queria se tornar objeto se jogando dela. Capaz de fazer seu coração arder de fúria por eu ter me tornado o presente para os planos de um futuro e você ter se tornado o presente indo à direção contrária da ponte, que se atende por passado. Mas eu que então, tão inocente e a vida me deu o ar do proposital. E daí o que se faz então? Do nada num dia, eu que em forma de laço, me encontro em nós. Para que essa vida não se torne tão desprezada e sozinha, eu não ignoro as chances de um dia, de tudo vir bater em minha porta. Se brota, se rega, se floresce, se cresce se produz e se morre. Ai meu Senhor do bom sustento, me conceda essa leveza e paz no coração e que eu sempre encontre esse exato entendimento de vida. Bem querer, que frescor no coração lembrar tão forte de você. Bom seu amor ser meu, pena saber que esse mundo inteiro é teu. Mais pena ainda saber que isso é vice e versa. Entende? Pra que tanto realismo, que modo incomodo de vida essa tal mania de comparação. Eu sei que se sente algo por ela, que se fez por um bom tempo se tornar significativo. Daí você me disse, não tem como, ela é lembrança, você é o real. Tudo bem, quem vou ser eu um dia pra julgar algo tão natural, tão... Normal. Ai que pena, sabe que humanos não teem garantias, prazo de juras e de promessas, frases ditas, palavras soltas. E esse egoísmo em vão? Como as pessoas ousam te olhar e desejar, como sua mente ousa pensar em outras? E seu corpo? Desejar outras mesmo que subitamente, mesmo sabendo me amar. Vamos lá, vamos rir pra vida! Isso é o ignorável. Deus tão certo, o ser humano é certo sendo falho. E lá se foram às horas de uma noite, e eu aqui, girando nesse quarto sem sentir. Aliás, eu nunca senti tanto a vida em momentos como este. Eu me explicando o que eu entendo pelo hoje, escrevendo e me surpreendendo, me alterando, me concertando, me diluindo, me refazendo a cada palavra, tão cheias do meu amor por mim.