Padecer nem é preciso
Desvanecer meu padecer é deixar oportunamente boas vibrações tomar conta do meu ser. Faço questão do samba, da viola e da poesia, não vejo grandes conquistas na prosa furtiva, quero mesmo é dialogar, conquistar a alma e ser conquistado igualmente, saber que és e o que sou, em vira e volta e vice e versa, nesta roda que vai eu volto também, minhas palavras se tornam repetidamente repetitivas e minhas voz nem faz mais tanto efeito assim, tudo bem, falo mais baixo agora e sinceramente, é de querer, pois quem quiser me escutar que fale em mesmo tom ou olhe em meus olhos e veja minha alma enquanto proseio poesia, prosa em prosa é só prosa, poesia na prosa, é no mínimo amizade. Assim deixo meu padecer na decadência e vou crendo na crença do amor, da virtude e da viril existência do homem que ama, que crê e segue, que tem passos determinados e firmes em meio a desistentes do pensar, sorri e se diverte, não desanima e nem perece, cresce em seu curtíssimo espaço de aprendizagem, sei disso e me incômodo bastante, nos trinta e dois adquiro a consciência necessária em minha única opinião, que precisaria ter para a partir daqui apenas tentar me conhecer melhor e talvez com esta determinação sagitariana me identificar em motivo e existência com outro ser, ok, tanto falar para no fim dizer que vivemos mesmo é pelo amor, e vem cá, nem precisa falar difícil, basta ter alma, ser gentil, ter consciência de uma curta existência e entender que não se entende nada, daí para frente, são dois de mãos dadas em pró de um só conhecer e aprender, despender este tempo e pensar nisso pode ser envolvente e não ter volta, buscar o superficial por vezes é interessante, pois rodar pela esquina e em nosso bairro nos dá segurança, sabemos voltar, iniciar a crença no amor e no pensar, na virtude vital de existir e não passar apenas em vibrações sem nexo ou direção, pode sim tornar um ser, em ser, afinal, ser ou não ser, prefiro dizer e é claro, ser.