Baile de máscaras
Que estranho rito esse
Onde pode-se ser o que não é
Rir do riso e do pranto alheio
Abusar da ironia e hipocrisia
Sem se sentir culpado
Sem ser acusado de crueldade
Que excêntrica pintura essa
Onde pode-se ser simétrico
Mesmo desprezando sentimentos
Mesmo provocando sangramentos
Sem se sentir carrasco
Sem ser punido por seus atos
Que ensandecida dança essa
Onde as máscaras se desfazem
Antes do termino da última música
E quando chega-se ao fim
Pode-se ver nos olhares pasmos
Muito espanto em meio a tão pouca luz
(Luna Aojo)