Sinto

Sinto que não devo sentir, sinto que não devo mentir, sinto que não devo ficar aqui.

Sinto muito em dizer que devo sair daqui, que devo voar para longe da minha imaginação, para longe de seus braços que são meu porto seguro e salvação.

Sinto que posso ver através das suas mentiras, das suas mascaras de falsas palavras, e finalmente vejo como você tem medo, e como é frágil.

Eu não sou o que todos pensam, mas não sou o que todos querem, e nem posso ser aquele que quero ser, sou o que caminha desvendando segredos a partir de um olhar falso ou verdadeiro, de medo ou coragem, amor ou pavor.

Sentindo o que se passa dentro de sua alma cheia de negatividades, de coisas fúteis que nem você sabe que tem.

Carregando sonhos dentro de sonhos, nos limites cruéis da realidade.

Andando na linha tênue entre o convencional e o não-convencional, descobrindo o incomum e transformando-o em vulgar.

Pegando as coisas rotineiras e colocando elas lado a lado com seu reflexo distorcido, mostrando assim que nem tudo que é comum, deve ser normal.

Não sou um anjo, muito menos um Deus. Sou apenas aquele que pode tanto abrir como fechar seus olhos para uma verdade maior... A verdade interior.

Não pense, faça.

Não sonhe, torne-o real.

Não tenha medo, mas sim coragem.

Não tenha um coração de pedra, mas perca-se nessas criaturas apaixonantes que somos.

Não seja sua própria sombra, mas seja a luz que ilumina os outros.

Seja apenas você mesmo.