ENTREGO MEU CORPO AO SACRIFÍCIO

Que bom seria que todos se entendessem

sem subterfúgios nem meias verdades,

e assim seguissem em direcção ao horizonte,

para anunciar a boa nova, entre o marulho

das ondas e a clarividência do céu, onde

teríamos por testemunhas

todas as aves de todos os imensos céus.

Que se acabasse de vez com todas e quaisquer

desconfianças, olhando mais para os outros de

que para nós próprios, sujos por uma sociedade

corrompida onde a omissão e o mau

entendimento faz ninho atrás dos ouvidos das

pessoas, que se deixam levar pela oferta fácil,

a inveja própria de quem não se compromete.

De promessas está o mundo cheio e quem

promete, em boa verdade, não tem nada para

oferecer, senão o que lhe falta enquanto pessoa

falha de personalidade, não sabendo respeitar

os demais porque a si não se respeita enquanto ser

humano, incorrendo nos mesmos erros

cruamente, pela facilidade com que se aduzem.

Entrego de bom grado meu corpo ao sacrifício

e que seja o meu sangue derramado sobre

todos os humanos com dúvidas em saber qual a

sua disposição na Terra, para que surta efeito

colateral e banhe todas as massas desavindas,

entre o seu bem maior: doarem-se uns aos outros

sem nada pedir, em toda a sua humanidade.

Jorge Humberto

23/10/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/10/2009
Código do texto: T1884846
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.