Revolução

Faço revolução em minha poesia. Sou anarquista em minhas pequenas atitudes. Desvirtuo o universo lentamente em minhas atitudes. Vejo o espelho e quebro meus preceitos, faço novos, não sou favorito de coisas prontas, porque não começar tudo de novo? Você não vê que meu silencio diz tudo, não falo pois mesmo se falasse não entenderia, me calo. Observo você com todo seu conhecimento, sabedoria , diplomas e posses, eu, sou palavras firmes e diretas, não dou a volta na quadra, vou direto a sua porta, não precisa me atender, sei que se esconde nas frágeis paredes feitas de ilusórios títulos que apenas cobrem a podridão da sua ausência de espírito. Resumo na atitude que tenho a força da alma que carrego. Ouvi dizer que para se fazer revolução é necessário mais que frases de efeito. Verdade, as frases marcam, mas o efeito quem causa é a ação, atitude, sangue corrente que deságua no mar da esperança. Assim vivo meus dias, lutando em silencio, infames estes que não ouvem a poesia, vivem e matam o nobre da existência em troco de vasos vazios e sem nada, assim são também. Sou o impacto do silencio, não tenho paredes a minha volta, mas tenho o firmamento em meu sangue.