Como mitigar efeitos da emissão de CO2

Propostas para se achar “um” culpado sempre surgem de todos os lados.

É sempre mais fácil apontar o dedo em riste para um determinado setor e culpá-lo por todas as mazelas; quase ninguém admite que também seja responsável.

Quem já viajou pelo mundo, especialmente por países desenvolvidos deve ter notado a quase total inexistência dos famigerados quebra-molas.

Não tenho notícia dessa praga na Europa, Estados Unidos ou Japão. Não precisamos ir longe; alguém já viu esses obstáculos em nossos vizinhos Argentina ou Chile? Se tiver deve ser muito pouco, pois nunca vi.

Aqui, basta haver um acidente grave em uma estrada, rua ou avenida que a solução encontrada é colocar mais um quebra- molas. Se o acidente envolve crianças então, a comoção é maior e se colocam vários, com o aplauso de toda a comunidade.

Qualquer Prefeito, DETRAN, Administrador ou até pessoas físicas constroem monstrengos desses em nome da segurança.

Aqui em Brasília conseguimos expressivas vitórias com relação à educação no trânsito.

Podemos citar o respeito à faixa de pedestres, implantado após uma forte campanha, a não utilização de buzina na cidade e a observância da sinalização horizontal nos balões e cruzamentos.

Entretanto, quando se fala em quebra-molas somos imbatíveis. Ninguém consegue andar 500 metros sem se deparar com eles. Até dentro de condomínios fechados, onde praticamente só os moradores transitam existem esses “murundus” a cada cem metros. É como se disséssemos prá nós mesmos:- “se não botar um quebra-molas EU vou correr!”.

O que tem isso a ver com o CO2?

Cada vez que você tem que ultrapassar um quebra- molas é obrigado a reduzir a velocidade, e às vezes até parar, engatar uma primeira e sair, resultando um maior consumo de combustível e é claro, emissão de CO2. Acredito que os quebra-molas sejam responsáveis pela emissão de mais CO2 que toda indústria consumidora de carvão mineral, incluindo as térmicas e a siderurgia, os maiores consumidores. É só fazer um estudo.

A exemplo dos IDH, Índice de Gini e tantos outros que avaliam o grau de desenvolvimento de um povo, poderíamos até criar um novo índice, o IQM ou Índice de Quebra-molas, que mediria o grau de civilidade de uma região, cidade ou estado. Como exercício, poderíamos dividir o número de quebra-molas pelo de habitantes. Quanto menor esse índice mais civilizado seria o povo da área estudada.

Minha proposta então é: reduzir ao máximo o número de quebra-molas, melhorar e aumentar a sinalização, fazer maciças campanhas educativas e também, por que não, aumentar o número de pardais e barreiras eletrônicas, pois quem não deve não teme.

Além de todas as vantagens de segurança e da redução de emissão de CO2 os “apressadinhos” ajudariam no aumento da arrecadação por parte do estado, verba essa que seria, obrigatoriamente, usada nas campanhas, sinalização e manutenção das vias. Alguém é contra?

Wilson Pereira
Enviado por Wilson Pereira em 10/09/2009
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