Coisas do coração

Não me peça para esquecer, para deixar no passado

O que o presente volta e meia teima em recorrer.

Quem de nós quis correr riscos

Quem de nós apostou as últimas cartas

Quem de nós arriscou tudo

Em busca do amor.

Quando você o vê chegando, percebe com clareza

que não se trata de um sentimento comum.

Ele te fita os olhos. Miraculoso.

Você tenta desviar o olhar enquanto ele lhe devora o peito.

Não dá para fugir.

A princípio tentei resistir.

Mas foi ficando cada vez mais difícil à medida que suas palavras imrrompiam em minhas manhãs.

Nessa noite, prescrutando a escuridão

não sei dizer exatamente de onde vem as palavras.

Vago para dentro e para fora do sono, já não sabendo ao certo

com quem devo sonhar.

Talvez o apropriado seja mesmo esquecer.

Ou talvez esconder, ou talvez agir como se não tivesse acontecido

absolutamente nada.

De qualquer forma vou guardar você, nossas músicas e todas as nossas lembranças.

Vou racionalizar onde não existe razão.

Abafar o voz do coração.

Talvez seja este o nosso cruel destino.

Kattiele Marques
Enviado por Kattiele Marques em 11/08/2009
Código do texto: T1748421
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