Coisas do coração
Não me peça para esquecer, para deixar no passado
O que o presente volta e meia teima em recorrer.
Quem de nós quis correr riscos
Quem de nós apostou as últimas cartas
Quem de nós arriscou tudo
Em busca do amor.
Quando você o vê chegando, percebe com clareza
que não se trata de um sentimento comum.
Ele te fita os olhos. Miraculoso.
Você tenta desviar o olhar enquanto ele lhe devora o peito.
Não dá para fugir.
A princípio tentei resistir.
Mas foi ficando cada vez mais difícil à medida que suas palavras imrrompiam em minhas manhãs.
Nessa noite, prescrutando a escuridão
não sei dizer exatamente de onde vem as palavras.
Vago para dentro e para fora do sono, já não sabendo ao certo
com quem devo sonhar.
Talvez o apropriado seja mesmo esquecer.
Ou talvez esconder, ou talvez agir como se não tivesse acontecido
absolutamente nada.
De qualquer forma vou guardar você, nossas músicas e todas as nossas lembranças.
Vou racionalizar onde não existe razão.
Abafar o voz do coração.
Talvez seja este o nosso cruel destino.