Desabafo de um Frágil Solitário
Às vezes me sinto parte de um mundo que não existe, de um mundo onde ninguém me entende, onde eu tenho que esconder tudo o que sinto.
Observo as pessoas ao meu redor e percebo o quão forte elas são, ou pelo menos aparentam ser. Diferentemente delas, eu sou frágil, fraco, qualquer um pode me atingir, me fazer chorar.
É duro admitir, mas a verdade é que eu sou pessimista, covarde comigo mesmo, pois destruo os meus próprios sonhos por medo de me lançar em uma jornada longa, que poderia ser produtiva.
Aproveito os meus momentos de solidão para refletir, avaliar minhas ações, pensar sobre a vida, enfim, mergulhar no meu interior, na parte onde eu, na verdade, me sinto protegido.
Quando alguém me machuca, seja com palavras ou ações, como traição ou desprezo, finjo-me de forte, como se aquilo não me houvesse entristecido. Porém, por dentro luto comigo mesmo para não deixar as lágrimas saltarem. Travo uma guerra entre a razão e a emoção. O sorriso falso e sem graça disfarça a melancolia que meus olhos transmitem e que ninguém percebe.
Sempre que discuto com alguém, me sinto culpado e, mesmo quando eu estou certo, acabo pedindo desculpas. Isso me faz sentir melhor.
Prefiro morrer a matar, me ferir a ferir alguém. Sou simplesmente um humano sensível, solitário e pacífico. Disso eu me orgulho. Tenho vergonha da minha fraqueza e covardia comigo mesmo!
Wennes Mota.