UMA ORAÇÃO A DEUS
Sempre que parei para pedir-Te, pedi a Ti para os outros.
Hoje, pois, peço por mim mesmo, por minhas falhas e faltas,
Por minhas dúvidas, minhas incompreensões e desamor, se houve;
Que possa espiar as minhas culpas, minhas intransigências, creio;
Meus escárnios, com relação aos outros, que são meus irmãos.
Não cuide vós Senhor das palavras proferidas, mas dos atos,
Das negações constantes de cada dia, para com os necessitados,
Desconfianças e provações, desde que essas, fossem dos outros,
Pela incompreensão de ver a competência e não aprovar, em outrem;
Permitindo o anonimato daquele que supriu as necessidades,
Do corpo e da alma, do choro e do riso, da dúvida e da esperança.
Que não haja nenhum ato de desamor, tendo como fim o amor,
Que possa eu, respirar a brisa suave e perfumosa do lírio da vida,
Por tempos infindos, sem lembrar o terror que é a morte
Fazei-me filho e pai, e, em nome Destes, Vós que és o Pai de todos,
Ouves meu brado, pois Te rogo, fazei-me digno e forte,
Aqui na terra; e, suave e leve, tal qual a brisa; na pós morte.
Rio, 22 de dezembro de 2008
Feitosa dos Santos