17 — Descobrindo o segredo


O que me ocorreu ontem me deixou com a orelha em pé, o desconfiômetro ligou e não desliga mais:— O que será que o meu Andrezinho esta aprontando naquele celular? E ele nunca, sério mesmo, nunca colocou senha no bendito. O que ele está escondendo de mim?
— Filha, o que você tanto pensa? E a comida não descia, por mais gostosa que fosse as refeições da minha mãe, tomei meu suco, peguei o celular e disse para a mãe.
— Nada mãe, vou ligar para a Lara. Quando liguei, já no quarto, recebi a notícia que ela tinha sido transferida, conversei um bom tempo com a atendente que disse a cidade, lembrei que era a cidade que uma vez passei as férias com a Lara, sim, lembro bem, ela tem uma tia naquela cidade.
A moça que me atendeu pelo telefone, disse que ela está bem, somente está passando uma espécie de crise nervosa. Liguei para a Neide, ela disse que estavam todos bem que assim que chegasse na capital iria conversar comigo. Aquele sentimento de culpa já estava saindo de mim, observei que uma hora ou outra a Lara teria que ser sincera e contar o que realmente acontecia com ela.
— O que me intriga mesmo é: — O que será que o André esconde naquele celular? Boa coisa não é.
— Filha, o que está acontecendo com você anda tão distraída pensando longe. Olhei para a minha mãe, estava desesperada queria contar o que aconteceu comigo ontem, a história da Lara achei por bem não contar, mas essa nova do André não aguentava precisava contar para alguém, pensar no que fazer, na realidade já estava até idealizando um modo de descobrir a senha, que era uns rabiscos no celular. Sabe aquela de unir os pontinhos? pois é, era desta senha que eu teria de descobrir.
— Mãe, posso te contar um segredo, mas por o que é de mais sagrado não conte a ninguém.
Brilhou os olhos da minha mãe, tal qual um pirulito a uma criancinha.
— Aí, filha você faz um mal juízo de mim, claro que não conto pra ninguém. É com a Lara? Pois eu...
— Não mãe, é comigo mesmo, e com o André.
— Conte filha, sou sua mãe, se isto está incomodando você é porque tem algo de errado, e se de algum modo eu puder ajudar. E contei todos os pormenores, tudinho a risada, o jeito que ele olhava o celular, a maneira que disfarçou ao eu entrar na sala, e principalmente o nervoso dele ao saber que tinha esquecido o celular no sofá, contei que eu provoquei ele de esquecer.
— Sabe o que deve ser isto filha? Guampa... este rapaz esta te colocando um par de guampa na cabeça... Que coisa antiquada, mas já tinha ouvido falar ela estava querendo dizer que ele estava me traindo e escondendo a dita, por mensagens, e por isto eu não poderia ler e ver seu celular.
Tem sentido mãe, tem sentido.— Claro que tem filha e agora que já descobriu, não conte nem deixe ele descobrir que você desconfia, senão ele termina e exclui tudo o que liga a essa (...)
— Pare mãe de falar essas coisas, é só um desconfiança, pode não ser nada.
— Desconfiança? Não criei filha para ser uma Guampuda. Quando ela disse isto eu estava tomando água, que a mãe trouxe pra mim, acabei sem querer cuspindo pro alto. Quam-pu- da? Que horror!
— É o que você está se tornando menina reaja. Já estava arrependida de contar para ela. Menina é bom saber essas coisas agora, se for verdade você larga deste esquece ele e busca um varão que te respeite e te ame de verdade.
Quando ela disse assim o sangue subiu estava bem nervosa, tomei toda a água e disse:
— Todavia mãe o André, sempre foi um cavalheiro comigo nunca fez nada que me desapontasse, e a minha mãe só colocava fogo:
— Este são os piores os dissimulados. Fui conversando e conversando, e contei o que queria fazer. Era simples iria colocar uma câmera de fotos, com filmadora, e iria regular para ficar bem no angulo do sofá, pra falar a verdade estava tão paranoica com a ideia que fiz vários testes, e vi que era possível, assistir a filmagem e ver a digitação do código. Minha mãe falou:
— Ótima ideia, mas tem que ser super discreta, se ele está desconfiado vai ficar mais atento.
— É aí que a senhora entra na história.— Eu filha? Sim mãe vou convidar ele hoje. Não gosto de ficar na dúvida, vou convidar o André para assistir outro filme e conversar com ele, vou dar um jeito de retirar o celular do bolso dele. E a senhora chama ele na cozinha pede ajuda, inventa qualquer coisa, a encanação da pia, não está legal né?
— É mas ela não está tão ruim assim. As duas foram na cozinha e a Lorena abriu a porta da pia olhou e deu umas duas mexidas e disse:
— Agora está precisando dos consertos do Senhor André.
Já de noite, estavam os dois na sala, Lorena conversava meio sem graça, a desconfiança corroía seus pensamentos, voltas e meia ela pegava nas mãos do seu noivo e perguntava:
— Você me ama? Quer realmente casar comigo? E ele olhava estranhando a pergunta e dizia:
— É claro que eu te amo, você é a minha vida.
Lorena fez que precisava ir buscar o DVD para o filme e disse:
— A vou trocar essa roupa vou demorar um pouquinho, você não se importa de esperar aqui não é. Já estava gravando na estante bem enquadrado no sofá a tal filmadora Lorena precisava ser rápida, e torcer para André entrar no celular. E assim que voltou, só queria ver tal filmagem E veio a mãe da Lorena e disse:
— André você poderia ajudar com uns pregadores de roupa, esta muito alto no armário da cozinha e esqueci onde está a escada. E morro de medo de subir em cadeiras, uma vez cai feio sabia? Lorena se levantou e disse:
— Me dá um abraço gosto de sentir-me protegida, e abraçava o seu noivo que retribuía, a mãe da Lorena apareceu na porta, Lorena piscava consentindo, certeza já ter tirado o celular do bolso. E o celular caía no sofá. André ficou meio que sem reação, ou atendia a mãe da Lorena de imediato ou atendia sua noiva, isto o distraiu bastante, André por fim respondeu a mãe da Lorena:
— Sim, claro e foi.
Lorena correu e viu o vídeo no banheiro por sorte, o bendito realmente foi direto para o celular, mexeu parecia que foi num joguinho, Lorena repassou umas três vezes, em câmera lenta, e decorou que fofo era um L e um A sem o corte do meio do A. E veio o André reclamando.
— Sua mãe é muito medrosa, era bem baixinho, era só usar a cadeira. E a Lorena ria dizendo. A ela faz isto pra chamar sua atenção quer conversar com você. E o André respondeu:
— Quer mesmo, fica perguntando se eu sei o que está acontecendo com a Lara, vou saber? A amiga é sua não é. E Lorena sentia mais ironia no jeito dele falar que a fez perguntar:
— Você sabe de alguma coisa da Lara que eu não sei? Ontem você falou estranho, e hoje de novo, você sabe de algo. Só sei o que você me contou que ela está internada com anemia não é? É. Falou Lorena desconversando começaram a assistir ao filme Lorena, só esperava a mãe dela fazer um aceno pra informar que estava tudo pronto:
— Aí, corram aqui, está alagando a cozinha! E a pia transbordava, estava entupida e a mãe da Lorena incrementou com uma torneira estragada. Que fez o pobre André se molhar todo. A mãe da Lorena já tomando as dores adiantado falava baixinho.
— Bem feito.
E o rapaz fuçava e fuçava, e disse preciso disto, e vinha a mãe com a fita isolante veda rosca, trouxe até outra torneira, feito todos os arranjos a Lorena apareceu na porta. A mãe dela ironicamente falou.
— Bonita é nós aqui alagando a casa e você some nem para ajudar. Lorena viu que o noivo molhou a camiseta, foi no quarto e buscou uma camiseta enorme que ganhara numa promoção de uma loja, e disse:
— André é melhor trocar, vai que pega uma pneumonia com o corpo molhado.
— Não precisa amor. E disse Lorena, precisa sim. Vai trocar, agora meia brava. E a mãe da Lorena não aguentava queria de todos os modos saber das novidades. E o André indo com a camisa trocar e a mãe veio bem pertinho da Lorena e disse:
— E aí filha quais são as novidades. E ela bem baixinho respondia. Deixe eu despedir-me dele, que te conto. Mas te garanto, me decepcionei com o André.
Waldryano
Enviado por Waldryano em 24/07/2019
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