11 — Presas na escuridão

Estava naquele beco, corria, desesperada, sim se a polícia me pegasse seria não só uma grávida mãe solteira, mas seria também uma presa. E coloquei minha amiga nesta comigo mesmo sem ela saber, ou seja, estava prestes a assassinar meu filho, e levar minha amiga de cúmplice de tudo isto.
E o desespero ocorreu. 
— Não, não posso fazer isto matar esta vida que esta aqui dentro de mim! Tudo será difícil todos estarão contra mim, pois sou a filhinha do pastor, o dodoízinho do papai, e por fim meu pai é um pastor conceituado que quer ver escândalos longe da sua casa. 
— Quem quer se colocar em escândalos? Aí, ai, ai, como fui ingênua cair em falsas promessas daqueles olhos azuis que me fascinaram e levaram uma virgem para se perder de modo clandestino em um lugar que nem lembranças boas podem proporcionar, A cama da mãe da Carla. 
— Senhor, o que fiz? Agora estou aqui correndo feito uma foragida, tornei-me uma bandida, fugindo.
— Corra Lara, corra! A polícia está vindo, vamos a esquerda.
— Mas a moça o piercing foi a esquerda.
— Vamos as direitas, e corriam Lara e Lorena em desesperada naquele beco escuro fundos de um prédio quase caindo de tão velho.
Uma porta se abre.
Uma mão aparece.
E puxa a Lara, uma voz feminina diz...
— Por aqui, por aqui... E o policial vinha correndo logo atrás acabara de descer aquelas escadas.
— Ei garotas, gritava o policial.
Sem alternativa, e já cansada Lara não lutou deixou-se ser puxada, e Lorena via a cena, e não pensou duas vezes entrou naquela porta escura, sem saber do que se tratava.
De repente uma luz.
Reluzia no rosto da mulher, sim, eu a conheço!
— Venham, venham, vou esconder vocês duas senão vocês irão presas, ouvia desta vez, a voz da menina do piercing que gritava:
— Não fiz nada, não fiz nada, e o policial dizia:
— Você está presa!
— Onde estão as suas comparsas? Onde-e-e-e-e-e-e-e?
— Eu não sei correram.
E a mulher sim, lembro agora. dizia Lara:
— Sejam rápidas vamos sair daqui, e vamos te esconder, senão vocês duas serão presas com aquela bandida. E passavam do fundo de uma cozinha velha e escura para a frente do bar. A moça falava agora baixo, abaixem-se no balcão, vou colocá-las aqui e empurrava uma porta de correr que guardava gás embaixo do balcão era apertado, e mal cabia as duas.
Lorena disse:
— Meu Deus Lara que situação você me colocou, eu aqui prestes a ser presa amiga!
Lara cansada, exausta para falar a verdade, só disse:
— Desculpas, e a moça dona do bar dizia:
— Andem logo, andem logo estão vindo. Andem logo....
Lara e Lorena se apertavam e a moça fechou a porta de correr de uma madeira velha, as duas agachadas naquele inóspito lugar.
— Que lugar terrível! disse Lorena, Lara fazia com as mãos um xiu, era tarde demais entrara um policial e perguntava.
— Onde estão as moças, onde estão as moças!
E a dona do bar se levantava fingia que deixara cair o brinco naturalmente falou:
— Que moças? A propósito que bagunça é essa na frente do meu estabelecimento, eu pago meus impostos certinho e não gostaria de ser importunada.
— Desculpe Senhora é que esta tendo uma batida no prédio ao lado e muitas foragidas saíram correndo e acreditamos que duas estão bem próximo do seu estabelecimento.
— Como?
— Senhora podemos fazer uma vistoria aqui, essas delinquentes são perigosas e possivelmente podem estar armadas e podem tentar contra a sua vida.
— Como? Meu Deus! Mas o que tinha de tão perigoso neste prédio, sempre via um entre e sai de moças ali, mas nunca fui fuçar por lá não é do meu interesse a vida alheia.
— Algo relacionado a aborto clandestino. Posso averiguar seu estabelecimento?
E a moça do bar dizia, agora encostando no balcão que as duas estavam escondidas.
— Poooo-o-de... E o policial, passeava revirando tudo.
Dentro do cubículo que Lara e Lorena estavam escondidas alguma coisa passou pelo pé da Lara, e a fez ficar assustada, estava escuro ela não podia ver o que era, a moça do bar, dava um chute no balcão como se quisesse dizer:
— Fiquem quietas a polícia está aqui.
O que passeava pela Lara agora decidiu ir na Lorena que se mexia apavorada dentro daquele balcão, e a moça do bar continuava alertando as duas a ficarem quietas.
— O que tem aí neste balcão, perguntava o policial que já vistoriara todo o bar, a cozinha tudo e nada de encontrar as duas.
— Ah sim, policial, aqui é o antigo deposito de gás do bar, depois daquela explosão do bar neste quarteirão, tivemos que adaptar e hoje o gás é lá fora em local adequado, ficou este deposito, estou pensando o que fazer com isto, talvez eu vou demolir para ganhar espaço.
— Não alguma coisa aí dentro, tem alguma coisa aí dentro....
— Não, policial eu garanto que não tem nada aqui em baixo, e o policial com fúria veio e empurrou a moça do bar, tem alguma coisa aí sim, abrindo parte da porta de correr que escondia as duas foragidas...

Waldryano
Enviado por Waldryano em 23/07/2019
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