08 — Marcando o Aborto
O tempo passava e a barriga de Lara só crescia, ela já utilizava cintas apertadas para esconder e já estava preocupada. Deixa eu ver aqui, esta, sim vai ser esta, vejo o endereço conheço: — Bem afastado, diz que para fazer o pré-natal. — Assim que estão denominando pré-natal de abortar? Vou resolver isto e hoje. — Não posso colocar um escândalo deste dentro da minha casa.
E o Thomaz não atende e não consigo nem contar para ele pois aquela mãe dele pegou implicância comigo. Quando ligo lá fala coisas como: — Sua oferecida, pare de ficar ligando. Magoa isto.
— Por que eu fui me apaixonar por aqueles olhos e não consegui decifrar suas intenções? Vai ser essa mesmo. Marco o endereço num papel e desligo meu computador. Eu não tenho coragem de ir sozinha, vou convidar a Lorena, fica bom falar a ela que é um pré-natal de verdade, pois a Lorena nunca irá aceitar a minha escolha:
— Sou jovem, foi um deslize não cometo mais e não posso mudar o meu futuro que já estava certo de estudar de ter um bom casamento, para ser uma mãe solteira... Vejo o telefone no papel, agora com o telefone, faço a ligação.
— Alô, quero fazer o 'pré-natal' quanto é? Que caro! Sim, sempre dizer que é pré-natal, entendo... Tem efeito colateral? Moça, preciso de toda a descrição do mundo. Preciso sair da clínica de vocês, caminhando como se não houvesse ocorrido nada comigo. — Como? Nunca falar o nome senão não é feito o procedimento? Entendo... Nem o telefone, sei, qual horário? As onze da manhã? Estarei sim sem falta, vou levar uma acompanhante...
Desliguei o telefone. Preciso resolver isto e hoje.
Mas não posso ir sozinha. — Vai que eu passo mal? Sim, vou ligar para a Lorena, falo que vou fazer o pré-natal digo que estou ainda resolvendo a melhor hora para contar para os meus pais, depois de feito, conto que foi um aborto natural. Perfeito. Resolvido isto vivo a minha vida, mais esperta desta vez. Depois de um tempo...
— Oi Lorena, a Paz, desculpe eu vir na sua casa sem avisar. Lorena olha pra mim e consegue observar que estava aflita. Vamos no meu quarto Lara, precisamos conversar.
No quarto da Lorena vi que ela estava organizando jogos de cozinha que estavam estendidos em cima da sua cama algumas pinturas frescas secando também alguns panos, coisa muito bonita via por ali.
— Que lindo Lorena. Minha amiga responde:
— Obrigado é para a minha cozinha nova. Via estampado no rosto da minha amiga alegria seu casamento a cada dia mais próximo.
— Sabe Lorena preciso contar para os meus pais, mais vou tentar uma última vez falar com o Thomaz. Estou um pouco apreensiva com minha gravidez por isto marquei um pré-natal. A Lorena sorriu e disse:
— Que bom amiga. E retornou a pergunta:
— Precisa de alguma ajuda? Falei para ela sobre me acompanhar, para evitar suspeitas disse que era um lugar pobre, ainda não queria ir no posto público, e só neste lugar consegui um valor razoável.
— Está bem amiga depois de contar a todos o que você fez, você faz como deve ser. O certo é que pela saúde sua e do neném você precisa mesmo urgentemente fazer o pré-natal.
O Adeus
Liguei o chuveiro, vou tomar um banho antes de ir nesta clínica. — Como deve de ser o procedimento de aborto? Melhor nem saber, ir lá e fazer o que deve ser feito.
A água escorre no meu corpo, ensaboando-me embaixo desta água morna. Já posso sentir uma pequena saliência, aqui existe uma vida.
— Como seria o este filho, um menino? Ou uma menina? Nem me dei conta disto. Queria tanto que fosse em outro momento mas agora não posso. Isto interferiria na minha vida. Se continuar com isto serei uma mãe solteira mal falada, fora que serei a decepção do pai e da mãe.
Como é bom tomar banho nesta água quentinha! Ainda bem que a mãe não está em casa. Filhinho desculpe a mãe tá. Lara chorava em baixo do chuveiro. -Essa decisão é difícil, porém necessária aqui despeço-me de você.
Enxugo o corpo, vestiu uma roupa e desta vez pediu um táxi. Ao combinar com o taxista, disse-lhe para buscar depois da consulta. Passou na casa da Lorena e a buscou. A mãe da Lorena ficou olhando de boca aberta, depois com certeza iria perguntar onde a filha e a Lara foram.
Já no táxi, Lara decidiu passar na frente da casa do Thomaz, Lorena concordou com tal decisão, a esperança de Lara era essa: — Vai que dá certo de encontrar ele conversamos, eu não faço esse aborto e ele até poderia me acompanhar nas futuras consultas.
Lara nutria uma esperança e acreditava sim que o Thomaz poderia voltar a ser aquele cavalheiro dos primeiros encontros. — Faça como quiser amiga, estarei te acompanhando e as duas dentro do táxi passaram na frente da casa do Thomaz. Lara viu ele. Esboçou um sorriso, pediu para o táxi parar, saiu do táxi e foi ao encontro do Thomaz.
De repente passa um ônibus obstruindo Lara de passar para o outro lado da rua. Ela espera. E quando passa o tal ônibus ela visualiza o que não queria. E chora, e volta ao táxi.
— O que foi amiga, pergunta Lorena. E Lara responde séria e determinada. Vamos ao endereço do pré-natal. Agora Lara está decidida a fazer o aborto. Lara viu Thomaz nos braços de outra, loira bonita e jovem pareciam um casal apaixonados. Foi um acidente de percurso esse cafajeste, vou tirar de mim tudo que lembre ele... E foi o táxi ao endereço da clínica. Deixando as bem próximo. Lara sente sede, sua garganta estava seca, ela sentia fortes arrepios nos braços e Lorena dizia a ela,
— Calma amiga é só um pré-natal, coisa simples, sei que está nervosa, mas controla. Lorena nem imaginava que estava acompanhando a amiga a um assassinato. E Lara continuava com muita sede, e conseguiu encontrar o endereço um prédio, bem velho, na frente ela avistou uma lanchonete e entrou tomar um copo de água.
— Bom dia moças, disse a dona do bar, uma moça que aparentava ter uns trinta anos. Bom dia, (era umas 10:40 da manhã) vieram a clínica de pré-natal, perguntava a moça do bar, Lara olhou bem para ela e ficou bastante assustada, pensou que ela poderia saber que a clínica era de aborto e ir contando para a Lorena, imaginou a cena da Lorena saindo correndo ir contar aos seus pais desta sua decisão.
— Sim obrigado pela água, estamos atrasadas, puxando Lorena pelos braços. Boa sorte para vocês, Lorena olhava não entendendo mais nada, onde já se viu alguém desejar boa sorte par um pré-natal... No prédio Lara e Lorena tiveram que subir dois andares de escada. Lorena observava bem a clínica que parecia estar as ruínas de tão mal cuidada:
— Nossa Lara tudo bem que você não tem coragem de ir num hospital público, mas este lugar é terrível amiga. Muita sujeira e várias meninas! Sim muitas meninas de idades variadas todas ali com o mesmo propósito de Lara. E isto fez a Lorena ficar mais assustada, todas aquelas moças tinham aspectos estranhos, algumas transpareciam aflição, outras com aspecto de drogadas, só as duas Lorena e Lara estavam com saias comportadas.