Significado do Natal
Considerações iniciais
Sou budista. Portanto, não festejo o Natal, sob o espírito propagado. Para mim, a data apenas carrega o caráter poético da imagem do Papai Noel, que encanta e seduz as criancinhas.
Origem e significado do Natal
O Natal é uma festa de origem romana celebrada todos os anos, principalmente na noite de 24 a 25 de dezembro e 25 durante todo o dia.
A data 25 de dezembro foi escolhida por sua proximidade com o solstício de inverno, que fora acompanhado por rituais pagãos desde tempos imemoriais. Realmente, uma vez que o solstício de inverno passou, o dia é acreditado até o solstício de verão. Esse fenômeno natural do dia, que finalmente prevalece durante a noite, sempre foi alvo de celebrações, mas é visível que foi particularmente adequado ao simbolismo da natividade. Assim, na Idade Média surgiram as primeiras representações teatrais da natividade, depois apareceu a natividade viva nas igrejas e, finalmente, os pequenos presépios dos santos chegaram a cada lar.
Conotação cristã
Para os cristãos, o Natal é a data mais importante da Páscoa e apareceu no calendário cristão no quarto século em Roma. Tradicionalmente, é a comemoração do nascimento de Jesus de Nazaré que, segundo os Evangelhos Lucas e Mateus, nasceu em Belém. Conta-se, que enquanto Maria estava prestes a dar à luz, um censo compulsório foi decretado pelo imperador romano Augusto. A partir de então, para registrar-se, seria necessário voltar para a cidade natal, o que motivou José a ir para Belém, onde nascera, acompanhado por Maria que se encontrava grávida. Quando chegaram a Belém, o parto se aproximava e nenhum hoteleiro queria acomodá-los, porque todos os lugares se encontravam ocupados. Foi assim, que somente em um celeiro o casal encontrou refúgio. Maria trouxe à luz o seu primogênito Jesus, envolvido em uma manjedoura.
Por tal motivo, montar um berço em casa durante o período do Natal é uma tradição que ainda está viva e bem definida.
As reuniões familiares para a celebração do Natal, com a valorização das crianças e a abertura da casa a todos, é o que determina, para os crentes, o espírito de Natal. É nesse espírito que muitas famílias mantém a tradição de preparar um lugar extra à mesa na véspera do Natal. Esse lugar, denominado "lugar do homem pobre", destina-se à pessoa conhecida ou desconhecida, que tocará a porta sem aviso prévio e será acolhida calorosamente.
A festa de Natal rapidamente assumiu a magnitude de hoje, por causa do seu caráter mágico e comovente, que determina, antes de tudo, uma celebração à vida e à inocência. A história da criança predestinada à consecução do amor e da paz, nascida em um celeiro humilde, faz sentido quase que universal.
Considerações finais
A troca dos presentes no Natal, não faz sentido econômico e não é um ato econômico, exceto para as lojas que os vendem e as empresas que os produzem. A razão para a oferta dos mimos é essencialmente tradicional e emocional, porque se constitui em um reflexo dos laços sociais e não necessariamente das nossas necessidades e desejos. O ritual é difícil de ser ignorado, porque a pressão social e comercial é muito forte. No entanto, de um ponto de vista puramente econômico, o uso em grande parte inútil dos recursos, seria muito melhor aplicado para o próprio indivíduo, a Família e a Sociedade.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Piquete, São Paulo, 20 de dezembro de 2018 – 4h29