1 conto 7 cores do arco-íris
Dentro do crânio, os neurônios berravam para que tivessem paciência com a falha de transmissão; pois as sinapses por quais estavam atrelados, estavam fora do ar e os cientistas trabalhavam 24h para sanar o problema: "estudaram para isso".
Acima do cocuruto da cabeça, os cabelos desgrenhados pintados com as cores do arco-iris, clamavam pelos espectros de luzes do Sol: "Sol, Sol, ilumine-nos; luz, por favor, amigo Sol.
Como sabeis, nunca pedimos nada..., nada".
Maiêutica
Foi filiado a partido político. Ao descobrir que por ser político, é partido nada sólido, declinou da arte; iniciando carreia de Homem digno.
Por volta de 5 h da matina, vestia o ombro direito com o embornal: dentro? Uma marmita fria, cheia até a tampa de dignidade.
Aposentou-se após 35 anos de trabalho duro; e feliz até o último fio de cabelo, dizia: "agora serei como Eles, ou seja, agora tenho tempo para ser político. Um nobre e irresponsável político, fora da política. Por sinal, irei ao Cartório mudar o meu nome para Maiêutico Sócrates Grego."
Assim fizera. No mês seguinte, não por livre e espontânea vontade, tomou um copo de cicuta. Nos segundos derradeiros de vida, pensou: "se soubesse qual seria a minha sina como político, continuaria trabalhando. É preferível o peso da dignidade, do que a leveza da terra tapando as vista. Impossível reclamar do horizonte que não se vê".
Em sua lápide, o epitáfio: "o bom político não pode beber água na fonte "Verdades" por muito tempo; perigo de contamina-la".
E cada leitor que lhe levava flores, obrigatoriamente, lio-o; contudo, nunca pararam para refletir sobre o lido. Motivo: receio de serem reconhecidos por algum oráculo de Delphos como uma sociedade formada por homens inteligentes.
Falavam pouco sobre o caso de Sócrates e no pouco falado, o zumbido ouvido pelas paredes e muros altos das ruelas, era que ser de fato, inteligente, não conduz à verdade e à vida, mas à morte; e morrer por difundir a verdade, só Jesus Cristo.