(re)Canto em Contos
O Recanto, não das letras, mas as camas vermelhas postas nos Recantos do cortiço , devem ser culpadas pela insônia e aumento da pobre incultura no mundo.
Acendendo e apagando fornadas 24h por dia, as quais pode-se dizer que a maioria era árida, por lá foi preparada muita coelhada. E, curiosamente, nem o batom de cor espalhafatosa nos beiços, as pernas finas arreganhadas e os sorrisos desdentados, salvou-as de agonizar às estocadas de paus não envernizados.
Algum paladino do amor pode se perguntar: "covardia consentida; ou o alívio da neura emocional mensal guardará em cada essência, o motivo para novas investidas"?
Sabe-se lá o quê, o certo é que para uma vida, miseravelmente longa, um mês não é nada.
Políticos
Definidos por Aristóteles, um dos pais do conceito de democracia, os Ratos, indiferente à espécie, são animais políticos que adoram boa vida em belos e confortáveis ambientes, também providos com despensas fartas.
O Brasil possui por volta de 6 mil km de lindas praias, imensos cinturões verdes, um sem número de botecos e churrascarias, povo pacífico e acolhedor, muitas variedades de queijos e camarões sete barbas nos reservatórios e miríade de coisas palatáveis; portanto, é um território bastante favorável para Eles fixarem residência.
E como cantou Luis Gonzaga: "quem tá fora quer entrar e quem tá dentro, não quer sair; pois isso aqui tá bão demais".
Como podem notar nestas poucas e mal escritas linhas, os Ratos são extremamente democráticos; e tirar-lhes os direitos adquiridos de frequentarem as despensas, nas quais depositam lautas iguarias, seria um grande retrocesso em suas relações; e poderia causar desavenças entre, supostos irmãos.
Ademais, ingratidão é pecado imperdoável.