Questão Filosófica
Encontrou a porta da despensa aberta e por ela, tafuiou com focinho, coragem e dentinhos afiados. O que fora fazer lá? Oras, queijos, muitos cheiros e qualidades queijos.
O que Ele não esperava, era a porta escancarada, a isca para capturá-lo; pois o Sentinela estava a posto; e miou alto. Para o bem da verdade, o ruído não era um miado; e sim um bramido feroz.
O que aconteceu e como foi o desfecho, ninguém sabe, ninguém viu. É episódio sem testemunha ocular.
Não obstante, dessa maneira o Rato fugiu sorrateiro, do ataque do Gato. Livre da perseguição, na toca em meio à ninhada, Ele conta o ocorrido e os ouvintes: esposa, amantes, concubinas, filhos, netos e bisnetos, caem os queixos, incrédulos.
Contudo, é admitido por todos, que alí nasceu e há, deveras, um herói; o qual, todos deveriam tomá-lo com exemplo de roedor.
O "toma lá, dá cá", do mesmo idioma
Ironia fina
- sabi cumpade, Eu num gosto de elogiá, os meus amigos, não. Num gostio de dizê que Eis são gente fina. Vai que Es acredita, pensa que é verdade, e muda o comportamento e pustura dEs, comigu. Aí, vô mi senti curpado do pobrema.
- pois cumpade, Eu num tô nem aí; e se Es é gente boa, como oncê, Eu elogio na cara. Oncê, a cumadi Gimina e os minino são bacana, famia de primera, mes.
- humirdimente, nóis agradeci! Apareci lá in casa, para nóis prosiá mais. Eu gostio de ouvi as novidades do cumpadi. Leva a cumadi Ginoveva. Tô com sordadi do cuscuis que Ela faiz.
- nóis é Jeca, caipira da gotra, mais é jóia...; levu sim. Carqué hora nóis apareci lá, prá dá prijuiz.
- quê is, cumpadi? É um prazê...
P.S.: Intimidador:
Leva o pote de leite e um pouco de ração, o Gato que mia mais alto.
- miaaaaaau!