Babelinos da grande Babilônia
- por favor, Am I.
- Eu quem?
- entrega dor!
- não, engano seu. Estou esperando, mas é o aliviador de fome. Fiz o pedido pelo app delivery.
- sim. Então, sou Eu o entregador.
- ah, que susto à essa hora! Agora é tudo em inglês...
- pois é, pensei que irias pedir o meu impeachment, para meu Chef.
- Maybe!
- don't understand
- dá logo isso aí; I'm hungry.
Por fim, enchendo o pandullho, pensou: "depois que passou ser patrão FIFA, esse país virou a frutaria Torre de Babel.
Cada um fala uma coisa, transformada pelo falante em lei. Speak english que tu sabes, pois somos todos servos de tal idioma.
Medalha de ouro para o surf e skate. Longe de julgamentos, o Brasil é superior em tudo, inclusive naquilo que antigamente era coisa de vagabundo. Como estão oficializando tudo, em breve teremos a modalidade corrupção; aí..., como bom brasileiro, sei qual nacionalidade subirá no podio.
6 horas da matina. Enquanto uns desfazem-se dos devaneios noturnos, outros alimentam-se ilusões e mais outros tantos preocupam-se com futebol e outras inocuidades, meus neurônios saltitam, debatem-se, regozijam de felicidade dentro da caixa craniana por ouvir tamanha musicalidade.
Incrível como os músicos setentistas não poupavam esforços, conhecimento e profissionalismo para produzir similaridades memoráveis, lúcidas, extravagantes. Em cada nota, em cada acorde um coito elétrico harmonioso ditava o estilo; caso típico dessa trupe, cujo modelo musical flerta do clássico ao gitano. Santificada seja a confusão feita com esmero, zelo e apreço.
Isso sim, é obra que se ouvida a vida inteira, os tímpanos do ouvinte terão sossego, bom repouso após a morte; afinal, nela está o princípio de completa, pacífica e inalienável posteridade. Ou não é Deus que o recompensa o homem pelas boas obras feitas por Ele, na Terra?!