Aura Ambulante
Após o plantão de horas sem pregar os olhos e a ansiedade por vê-lo de volta acoplado em mim, meu corpo físico e o espírito dele, que saíra para uma volta ao mundo, despertamos-nos de um sono atribulado, tomamos banho e ao nos ver diante do espelho, minha mente, elo de ligação do corpo físico e ele, não conteve a emoção de sorrir e dizer: "feliz estada na casa que é sua, desde muitos anos. Eu te amo, viu; e por favor, avise-me quando quiser sumir e se possível, diga-me aonde irá"!
Voltamos para cama. Ficamos por um tempo sem dizer nada, apenas estabelecendo a conexão definitiva. Com tudo reestabelecido e o sinal analógico neuronal amplificado faíscando, passando de sinais sinapsados para palavras verbalizadas, confabulamos a angústia de termos ficados longe um do outro. Sem mais nada a dizer, separamo-nos na cama. Ele foi dormir, o corpo físico sossegou e eu, elo entre eles, escrevi este conto experimental; o qual repasso integralmente para o amigo e caro leitor.
Bom resto de noite e boa leitura. Falamos-nos amanhã, ou daqui à pouco, com outros escritos e textos via Recanto das Letras. Saudações de todos nós; ou do meu eu em completude.
P.S.: o feio e o belo não depende do espaço físico, mas como os olhos veem as obras das circunstâncias.