In coma
Nunca tivera uma ideia.
Nenhumazinha sequer.
Para ele tudo já estava pronto.
A mãe dizia com orgulho que seu bebê de 17 anos nunca precisava usar o cérebro.
Café da manhã? A empregada fazia.
Tarefas de casa? Tinha um professor de reforço.
Não precisava pensar.
Rotina automática.
Até o dia em que se perguntou qual cor do tênis usar?!
Já foi caindo, revirando os olhos, espumando...
Uma nítida vingança do órgão subestimados até aquele momento.