" FORMOSA VAGA "
Como vens bela!
Na onda alta, sereia,
em braçadas uma a uma
te dás à imaginação.
Ouço um roçar de seda
num marulho de vagas
entre conchas e maresias.
Em ventania,
qual velas desdobradas
teus cabelos são velame.
Quero verter
a rubra taça
dos encantos
de tuas águas.
Bem fundo
um peixe dourado
nada além
da minha rede.
Minha mão
toca no vazio
de tuas vagas
em verde mar bravio.
Eu solitário,
pobre marinheiro,
fico no convéz
maravilhado