A filosofia governará o Mundo
"Eu e meu gato
Ele na cama
Eu no telhado
Ele sem as botas
E eu sem grana" - Rita Lee
Sem o cachimbo, peculiar e charmoso objeto dos
Senhores e Lords ingleses,
Porém, ágil felino meio burguês que é,
Respeitando a idade avançada,
Meu gato subiu para o telhado,
Vagaroso, de mansinho, uma pata após outra,
Degrau por degrau,
Pela escada.
Ele pensa que Eu não vi a sua aventurosa proeza. Linda, soberba, espetacular superação. Por ter aparado as unhas na semana passada, foi pleno sacrifício, mas chegou ao ponto máximo do pináculo da casa, que é a cumeeira. Lá, sem um ínfimo pingo de medo, espreitou os arredores.
Garanto ao leitor que meu gato é resistente, fluído, irriquieto, valente, arredio e por amar desafios, não se acomoda aos desígnios existenciais momentâneos de sua espécie; motivo d'Eu muito me orgulhar do meu bichano, cujo nome é "Precioso".
Espero que encontre um rato para comer; pois
odeia, abomina, detesta ração de salmão. Fareja, fareja, torce os fios do bigode e volta a enroscar em minhas pernas. Também não é afeito à ração de picanha. Sim, concordo que é estranho não gostar de iguarias que só os reis e majestades degustam!
Nos exames foi diagnosticado que o infeliz (modo de dizer. Sinto que Ele é felicíssimo e um dos motivos, é a namorada que reside no telhado vizinho, e de quando em quando, Eles duelam nas unhas, dentes e miados. Pense em um felino barulhento, arteiro, bom de algazarra) é intolerante à proteína de salmão.
Óbvio que como seres humanos racionais e donos de pets, sentimos pelos animais, porém, subir e descer, fome e fartura, inteligencia e ignorância, o bem e o mal, a riqueza e a pobreza, o excesso e a falta, nascer e morrer são leis universais imutáveis, impostas pela Natureza e testemunhada pelo Cosmo.
Então, aceitando-as de bom grado, sofremos menos.
Oração filosófica ouvida pelo meu bichano e demais seres que habitam debaixo de meu teto, todos os dias ao acordar e antes de dormir; e o conto lido, prova como somos em família.
Família de bichos unida, jamais será vencida. Bem, nem tanto, pois ganhar e perder fazem parte da lei filosófica aplicada ao esporte "Viver." E para o bem comum, todos, incondicionalmente, deveriam conhecer, pesquisar e jogar sem dar o drible da hipocrisia, praticar com afinco e perseverança essa lei premissa.
Sobretudo, por que as atitudes não podem trair as teorias em palavras de quem as profere, divulga, dissemina; tornando o divulgador, responsável pelo que semeia. Portanto, Eu sou responsável por mim, pelo meu gato; e em partes, por tudo que está ao meu redor, afinal, respeitando os limites impostos pela moralidade e ética, Eu sou um cidadão honesto exercendo cidadania.
- Ei Gato, quieta, aí! Estou tentando revolucionar comportamentos; o que não é fácil, pois cada mente possui uma verdade que transita em seu interior. Então, por favor colabore...; "muito ajuda quem não atrapalha". Vai se ocupar, vai...; por que Eu continuo ocupado. A saber gato, uma revolução perfeita e ampla inicia em cada lar; no nosso lar.