...na revista...
-Obrigada, viu Seu João.
-De nada, minha filha.
-Seu pedido chega na quarta.
- Quarta? Essa ou a outra?
- Essa já. Comigo não tem demora.
-Certo. Chega mais ou menos de que hora? Pela hora do almoço ou do jantar?
-Pode esperar pela hora do almoço.
-Certo minha filha. Deus te abençoe, viu!?
- A nós todos, Seu João.
Na data combinada, Seu João pôs à mesa seu jogo de prato e talheres novos. Chamou Dona Margô, sua namorada para almoçar. E ela ja estava à mesa.
Ao meio dia em ponto alguém o chama. É o rapaz da entrega.
- Bem na hora!
- Assine aqui e escreva o CPF também.
-Aqui?
- Sim. Isso. Abaixo do seu nome.
-Pronto. Aqui o seu pedido.
- Dentro dessa caixa?
- Sim.
- Mas, não estragou?
- Não. Nunca estraga.
- Obrigado, viu.
Seu João espera o moço da entregar ir embora. E entra com a caixa em direção da mesa. Dona Margô pergunta se está tudo bem enquanto Seu João abre a caixa com cuidado. Vai que algo possa derramar ou cair. Além de sujar, seria um desperdício.
Mas, quando abria, Seu João percebia algo estranho. Não havia comida alguma. O pote estava vazio. Enrolado num plástico bolha. E dentro do pode havia um papel. Um papel colorido com a imagem de um delicioso arroz a grega com frango que o Seu João e Dona Margô esperavam almoçar.