SEM SELA, EM CELA E AINDA SÊ-LA (cotidiano)

Teodora, nunca fora mulher de rodeios, no seu interior vivia um cabra macho. Na aparência a silhueta esguia e o rosto de feições suaves, constravam sobremaneira, em resumo era uma mulher de energia e atitudes firmes, doçura só  com seu 'miudinho',  apelido de seu amado Francisco, homem sensível, de estatura baixa e meio preguiçoso, mas, não era um à tôa, trabalhava lado a lado com sua Teodora, mas, ela controlava os peões de sua fazenda com mãos de ferro, ele não sabia comandar, atendia aos comandos, tal qual um cavalo, até dizia pra sua amada, que ele era o cavalo e ela a cela, mas, se entendiam muito bem, dentro de suas quatro paredes de amor.

Num dia de labuta normal, um peão revoltado com o comando exigente de Teodora, avançou sobre ela e todos que estavam por perto se admiraram com a rápida reação de 'miudinho' , voou sobre o rapaz, o conteve rapidamente e naquele momento, 'miudinho' cresceu uns pontos consideráveis ante os funcionários. 'Miudinho' era surpreendente quando confrontado, sua Teodora era só orgulho. À noite em seu quarto cheio de amor, ela falou pro seu 'miudinho
- sou sela, presa na cela de seus braços...te amo...
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 23/01/2017
Reeditado em 24/01/2017
Código do texto: T5890839
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