ÁGUAS AMARGAS

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Chorando à beira do rio, vendo a correnteza rolando impassível, com o peito dilacerado de dor, vendo escorrer pelas pedras lustrosas, suas derradeiras esperanças. Pobre filho, que vivia em constante alegria, pescando e nadando com sua cadelinha, na mais tenra inocência. Uma tromba d'água imprevisível, o arrastou para as profundezas, apagando seus pequeninos sonhos e deixando às margens daquele rio, as caudalosas lágrimas de sua mãe. A torrente de dor se mistura às águas doces, agora temperadas com o amargor da imensa saudade.
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 21/08/2016
Reeditado em 28/08/2016
Código do texto: T5735746
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