Liberdade
Era uma manhã de sol com poucas nuvens, os pássaros cantavam, a cidade lentamente começava a engrenar, o som das padarias, entre goles e risadas, se espalhava pelas esquinas, conversas sobre qualquer coisa tomavam as ruas, passos, carros, porteiros, bicicletas, corredores amadores, funcionários atrasados para o trabalho.. Pouco a pouco a cidade acordava e se ajeitava em direção à sua harmonia caótica diária. O dia estava lindo.
Observando da janela, João lentamente contraía e relaxa seu diafragma, deixando que o ar leve da manhã gentilmente inundasse seus pulmões, tinha um sorriso no rosto e a face serena, mesmo tendo acabado de acordar. Olhou para baixo, a rua estava se enchendo como um monte de formiguinhas indo de um lado para o outro atrás de comida, os carros abrindo espaço vigorosamente pela avenida, as lojas abrindo suas portas, o ar encorpando, mangueiras molhando a calçada, um senhor levando verduras e legumes em um saco plástico, uma mãe com seu filhinho andando distraídos, uma moça bonita com roupa de ginástica, um rapaz de fones de ouvido, um mendigo ainda dormindo...
Seu rosto ainda sorria quando se jogou.