De repente tudo se fez véu... Sonhos encobertos, desejos contidos, esperança aprisionada. O brilho do sol, apenas uma fresta de luz no fim do túnel, o brilho da lua e das estrelas apenas percebido pela chegada de um gélido vento. O coração parece parar, assim como os pensamentos que parecem não mais existirem, afinal, no que pensar quando se perde as esperanças? Como sonhar se sonhos já não existem mais? Dia? Noite? Tarde? Madrugada? Nada mais separam as horas, não há nenhuma divisória entre estes tempos. Tudo é contínuo, como contínua há de ser a eternidade... Se a alma permanece no corpo? Como saber? A única sensação é de que a alma desprende-se do corpo, ou seria este último a desprender-se da alma?...