Triste fim de Aladim
Sempre foi aclamado como gênio. Acreditando na sua versão, candidatou-se à vereador. Ganhou, ganhou e ganhou.
Acreditando na sua versão político aclamado na cidade, candidatou-se a Prefeito. Ganhou e ouviu reclamações aos montes. Candidatou-se novamente. Foi reeleito. Prefeito são somente dois mandatos.
Pensando em um cargo por tempo indeterminado, candidatou-se à vereador. Ganhou. Ouviu reclamação de sua gestão aos montes.
Pregando justiça, igualdade e honestidade, candidatou-se novamente. Ganhou novamente para vereador. Candidatou-se novamente para o mesmo posto. Após 20 anos como vereador, perdeu! Nunca mais se elegeu para mais nada. Descobriram que Aladin podia ser gênio, como sempre fora nas exatas e humanas, mas não possuía lâmpada; e gênio sem lâmpada na política, é político e povo sem luz.
Triste fim de Aladim? Nem tanto: aposentou-se com saúde em vários cargos políticos; provando que mesmo no breu soturno, sempre há os iluminados. O resto? Bem, matematicamente, resto é sobra; e Aladim sabia de cor a expressão que levava, ou melhor, que convencia o resto oculto na escuridão. Contudo, nunca usou o lema: "se sua lâmpada não brilha, nem ao menos acende, não desligue a minha".
Desde que o politico governe, sem ser governado, "Política é a arte de governar". E os eleitores são os instrumentos, meros instrumentos da obra artística.
Advertência
Ei, Fariseu,
Para quem é contra o ódio,
Não é um pouco sábio armar os aliados até os dentes.
- ué, nunca te disseram que se queres paz, prepare-se para a guerra.
P.S.: hipocrisia, inveja e amor não se mostram aos olhos, pelos olhos; afinal, ambos estão no contexto das subjetividades do coração; e são aclarados somente após o ato consumado.