PRECONCEITO
Levei minha ilustre figura para passear, me ilustrei com toda compostura, flori o bolso e os sapatos lustrei, mas, por completo me esqueci do verbo elegante, das diferenças marginais pelos caminhos, num encontrão inocente, uma terna face parda ofendi. A educação foi para a ‘casa do armário’, a gentalha em turba me alcançou, meu terno ficou em frangalhos e aos gritos a polícia me levou. Hoje o prato é simples, o trato é igual, o verbo é frugal, e as vestes listradas nas grades, me fazem de refém.
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