ALI
Podia estar muito errado...mas o som que vinha de lá...era o convite...
Andando nas pontas dos pés, aproximou-se.
Devagar inclinou a cabeça e os olhos se encaixaram na estreita fresta.
Havia muita luz, por isso as imagens ficavam indecisas.
Brilho por tudo, um iiiiiiiii fininho enrodilhado nas colunas.
E flores, muitas flores. Só não havia pessoas.
Entraria? Abriu a porta. Caminhou para o centro.
Boa madeira. A ara aberta. Deitou-se na mesa.
Abrasadas as velas, o silêncio dominou!
Voejaram as borboletas, todas.
Poderia dormir, como há muito não fazia.
Mas... resolveu morrer.
Olhou para o dentro, para o escuro de si. Não conseguiu!
As luzes não se apagavam. Não, não se apagavam, nunca!
Ficaria. Viveria para sempre. Ali.