Escrever não é meu hobby
Escrever não é meu hobby
Escrever não é meu lobby
Escrever não é minha profissão
Escrever é a minha procissão
É toda a minha salvação
Não escrevo porque eu quero
Eu escrevo porque necessito
Escrevo como quem guarda um eco
Escrevo porque do verbo, um imprevisto
Não escrevo pela força do talento
Antes escrevo porque sou incompleta
Escrevo como a fuga sem tempo
Escrevo porque minha sina é poeta
Não é um dom que me atravessa
Mas um viço que me arrebata
Um vício do qual não se trata
É um cisco em palavra prata
É a expressão d’alma grata