Tinta no Papel
Escrevo para responder ao corpo
O quê jorra da alma e sai tão louco,
Escrevo e respiro ao som da pele.
Olhos assistem à força do pensar.
Voo pelas madrugadas a rabiscar o eu
As mãos bailem na folha de papel.
Há forte emoção, um prazer, um êxtase.
É no silêncio que o berço da palavra nasce.
Sinto a brisa suave a tocar o âmago
S minha alma se eleva quanto.
Sinto o beijo no corpo escrito
Chego a alimentar o meu pranto.
Risco as folhas movida pelos desejos,
Uma magia na construção do grito.
Letras compulsivas colore a página
Faz-me viajar por um mundo disperso.
Eu acordo o mundo escrevendo versos.